20 Perguntas que Testam a Maturidade Estratégica do Seu RH
- Marcela Azevedo
- 17 de abr.
- 3 min de leitura
Para quem ainda não me conhece, sou a Marcela Azevedo, atuo em Recursos Humanos há mais de 15 anos e sou fundadora da HR.BRASIL, e nos últimos dias de férias algumas perguntas que chegaram até mim nas mentorias e me fizeram parar e refletir. São inquietações legítimas, estratégicas — mas com um déjà vu do passado. Percebi que muitas delas são as mesmas que escutei há mais de uma década.
O cenário muda, a tecnologia avança, os nomes ganham sofisticação, mas no fundo… seguimos lidando com os mesmos dilemas, agora embalados com novos rótulos.
Neste texto, compartilho as 20 perguntas mais recorrentes que ouço dos mentorados, gestores e líderes. Elas revelam uma encruzilhada: ou profissionalizamos de vez a agenda de pessoas, ou ficamos presos ao RH operacional e sem voz.
Se você lidera, gere ou influência pessoas, este texto é para você. Porque o RH do futuro — e das próximas decisões de negócio — começa com as perguntas certas. E a coragem de agir sobre elas.
Aqui vai minha sugestão das 20 perguntas que todo RH estratégico precisa saber responder — organizadas em quatro blocos temáticos, para facilitar leitura e gerar profundidade:
1. Decisões baseadas em dados
Nossas decisões de gestão de pessoas ainda são baseadas em feeling ou já usamos dados concretos de People Analytics?
Qual indicador do nosso RH se conecta diretamente ao EBITDA — e como estamos acompanhando isso?
Qual variável, no nosso contexto, mais prevê turnover? E como podemos agir antes da saída do colaborador?
Quais micro-habilidades estão escassas hoje na nossa organização — e quais precisaremos nos próximos 6 meses?
Temos um modelo de workforce planning capaz de antecipar faltas críticas de talento?
2. Cultura, experiência e liderança
O que falta no nosso onboarding atual para realmente gerar um “momento uau” para novos talentos?
Nosso EVP é autêntico? Ele realmente reflete a experiência que entregamos aos colaboradores?
Como estamos ouvindo nossos colaboradores de forma contínua — além da pesquisa anual?
Que app, canal ou ferramenta temos hoje para reduzir atritos internos e elevar o NPS do nosso RH?
Nossos líderes estão preparados para liderar com confiança no modelo híbrido?
3. Performance, reconhecimento e desenvolvimento
Estamos praticando feedback contínuo ou ainda presos ao modelo anual de avaliação de desempenho?
Temos um mapa vivo e atualizado de habilidades da nossa força de trabalho — ou ainda operamos por cargos fixos?
Nosso talent marketplace interno está funcionando de forma eficaz para movimentar talentos e reduzir tempo de vaga?
Já avaliamos como a IA pode (ou não) gerar eficiência real no nosso processo seletivo?
Como estamos medindo e incentivando a cultura de performance em um ambiente flexível?
4. ESG, diversidade e bem-estar
Qual o custo real do burnout na nossa empresa hoje — e que ações concretas estamos implementando para preveni-lo?
Nossa diversidade interna está de fato gerando inovação nos times ou ainda é uma agenda paralela?
Quando foi a última vez que realizamos uma auditoria de equidade salarial na nossa organização?
Que métricas de diversidade e inclusão usamos atualmente — e como elas impactam o negócio?
Como estamos medindo o capital social gerado pelas nossas ações de RH no contexto do ESG?
Seja em uma reunião com seu time de RH ou conduzindo um workshop estratégico, minha recomendação é simples: tenha clareza nas respostas para essas perguntas. Se você já sabe respondê-las com objetividade e profundidade, é sinal de que está no caminho certo — atuando de forma estratégica e não presa ao operacional.
Agora, se essas perguntas despertaram mais dúvidas do que respostas, esse é exatamente o ponto de partida para uma mentoria comigo. Tenho guiado profissionais de RH a evoluírem de uma atuação tática para uma entrega de valor real. Se quiser avançar nessa jornada com direção e impacto, vamos conversar.
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